Você ai tão perto
Eu me escondendo.
Vontade louca de abrir a porta
Sorrir meu melhor sorriso
Te receber tranqüila.
Faço outro café, quente, queimando
Como a minha vontade de te ter
Bebo aos poucos, saboreando
Imaginando em cada gole, você.
Tenho ganas de sair correndo
Te encontrar ao relento, no frio, na madrugada
Estender meus braços, abraço amigo
Não os meus, os teus,
Que dos meus apertos, abraços lascivos
Grudar teus olhos nos meus olhos
Esquecer a promessa, fidelidade
Amigos, não te quero mais
Amantes, não conseguiria.
Se pudesse voltar o tempo
Sentir teu cheiro tão perto do meu
Beijar os lábios que recusei
Tonta, estúpida que em mim acreditei.
...
Olho de esguelha, você ainda ai
Por que não dorme? Não inventa outra coisa a fazer?
Não sabe, mas me tortura, seu nome em verde
Verde dos teus olhos nos meus olhos verdes
E lá vou eu de novo, não mais ao café, à água
Água no pulso, na nuca, no colo
Esfriar a pulsação que te chama
Inflama, arde, queima e não resolve
Mais uma vez te olho. Que vontade!
Mais uma vez respiro fundo. Busco
Mais uma vez aperto a tecla. Finda, maldita
Mais uma vez vou dormir. Sem você...
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