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Poesias-->Sádica Alma -- 01/06/2004 - 03:30 (paula cury) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A fita de seda te serve de chicote.

Açoitas minhas costas mas não feres

Não a carne que da seda não sente

Fere a alma de amor latente.



Ata-me em grilhões de biscoito de polvilho

Sinto o peso do ferro que imitam

Esfarela na carne a cada movimento

Sufoca a alma, aperta sem temor meu sentimento



Queres meus olhos baixos, eu submissa, retraída

Os olhos da alma, estes sádicos olhos

Enxergam teu corpo além de outro corpo

Buscam tua alma num sussurro não mais que um sopro



Ajoelhada, deitada quiçá emaranhada

Contorcida, doída, largada.

Possuis a carne de amor disforme

Esqueces da alma que a dor consome



Sádica ou masoquista, ambas talvez

Não penses que da carne, que essa é nada além

Creia que da alma, dessa que me tortura

Do amor ínfimo e da dor mais pura



Nomeia-me como queres. Nada disso importa

Que a dor mais doída que a carne corta

Nada é e nunca será

A dor da alma que tu nunca terás.



Sádica alma





Paula Cury

19.05.04

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