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Poesias-->Sim...Voltarás Nas Minhas Lembranças -- 11/05/2004 - 02:23 (Márcia Possar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








Alvitram-me lembranças tuas quando penso no mar,

naquelas ondas em que sempre te envolvo por dentro

pela ação dos meus ventos...

Foi desde sempre,

muito longe do lugar onde mora a saudade,

que todo o tempo

eu andei a procura do teu olhar.





Ah!... Doce olhar que me fita para sempre como o mar,

afluindo num espelhar plácido,

desmedido sobre mim:

alguém com olhos admiráveis,

mesmo que eu me apresentasse esquivada

como segredo que não se pode nunca revelar.

Mesmo assim...





Eu fiquei firme diante do sobressalto

que foi a querença de um amor que julguei possível.

Um amor, que se fosse de verdade,

que se fosse mais audaz,

eu teria que reinventar,

eu teria que ser, inevitavelmente:

maré-me-leva-maré-me-traz...

Um amor que eu não acreditei pelo fato de muito querer.





Não acreditar nas suas negações, pra mim, foi providencial

porque as inaptidões foram abismos

que existiram entre as significações e as sensações

de todas as palavras desse mundo das imensidões,

onde as pessoas bem-falantes como os poetas

encantavam os corações iguais ao meu.

E foi dessa forma que eu pude ver e sentir

e reviver cada uma das palavras:

Verbo freqüentativo, verbo copulativo, verbo de ligação...





Negas-me!

Mas não há porque me negar.

- Para que eu exista?

Nem há porque me negar para que eu seja,

ou mesmo para que eu me firme,

porque eu existo apesar da coexistência com a tua incompatibilidade

e, talvez mais e muito mais, pela causa dessa mesma rejeição...

Quem sabe...





Eu não me mostro mais, pelo fato de estares oculto,

não escorrem dos meus risos nenhuma das tuas lágrimas

e estes claros-escuros eu vou levar comigo

até você poder vir buscá-los todos.

Eu vivo e você canta a morte para quê?

Para que eu possa resgatar a minha alma?!



Lágrimas com dedo de perder é um conto antigo

que vamos reviver e reviver indefinidamente,

até você poder sentir o gosto da volta.

E tudo isso por causa do teu doce olhar

que foi inteiro para mim.

E, no que me aquece, eu não posso me deixar existir nas tuas prisões,

porque eu posso ser e sei que você também pode ser livre.

Resta saber o quanto se quer isso!





Há nesse doce olhar, que você me deu,

os suores que guardei daqueles nossos momentos de amor.

Há mais do que isso:

Há todas as coisas de que você costuma dizer,

mas pouco se lembra.

Há a magia da luz sim,

a simplicidade do nosso perdão

e a esperança de dias mais radiantes de paz.

Lá... Bem longe onde mora a saudade.

Sim...





Eu posso ver o teu olhar que me preenche,

como aquelas ondas em que sempre me envolves por dentro.

Mas eu não posso sorrir para a vida

enquanto você canta agonias e recolhe todo o escuro

que te satisfaz.

Então...

eu continuo aqui,

andando pelas trilhas das tuas indefinições,

pelas trilhas dos teus deslocamentos.

Intermináveis e indefiníveis...

»«2004»« Abril/02



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