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Poesias-->CONVERSANDO COM O AMOR -- 27/04/2004 - 15:13 (débora cristina denadai) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esperei-te, amor, por tantos anos,

todos eles vi passando,

um a um, muitos enganos,

aos poucos, se amontoando.

Não cessei de esperar, no entanto,

olhava e buscava, de um lado a outro,

por todo lado, por todo o canto.

Nem luxos, nem prata, nem ouro,

nenhuma amizade, receita mágica,

nenhum tesouro

sequer um livro antigo

em alguma língua morta,

pôde trazer-te até minha porta.

Segui a caminhada,

um tanto viva, meio morta,

crendo agora, que talvez nem existisses,

que fosses tu, na verdade, mais uma destas tolices

de que falam poetas, trovadores de porta em porta...

Ao descrer de ti, por fim,

foi que na esquina dos trinta,

sem que eu pudesse esperar,

num repente, numa finta,

tua face pude olhar.

E tinhas o rosto mais lindo,

trazias nele a luz

da confiança, da paz, da alegria

e da paixão que seduz.

Apaixonada me fiz,

sem remédio, de uma vez

nada além do meu nariz

me era agora dado ver.

Dificuldades? Quais?

Não. Nada disso. Nada mais.

Só o amor imenso

que ardia peito adentro

fazendo fogo tão intenso

queimando da borda ao centro.

Dei-me toda. Inteira.

Sem limites, sem fronteira.

Entreguei tudo que tinha

sem nem pensar no que vinha,

e se viesse, o que é que tinha?

Tu trazes contigo a entrega,

a coragem dos loucos,

a paixão que cega

e a confiança de poucos.

Mas a vida, meu amigo,

parece tua inimiga,

corre e fabrica intriga,

fofoca, tédio, barriga,

contas a pagar, choro de bruços,

dores entre soluços

e a mágoa profunda que cansa

e mina toda esperança

que teimamos em cultivar.

Ah! amor, e tu bem sabes

que onde a mágoa entra, tu sais

e ficam no peito as saudades.

Lembranças daquele que um dia

te trouxe, e junto a alegria

que no coração foi plantar.

Outras curvas vieram,

depois dos trinta e muitos

teimosas dores quiseram

permanecer em meu mundo.

Passei a viver das dores

assim me sabia viva

embora me visse cativa

e escrava dos dissabores.

Te fostes de mim sem aviso

deixaste-me um rosto sombrio

e nele um triste sorriso

de quem tem o peito vazio.

Mas tenho um grave problema

Sou teimosa de nascença

faço da vida um poema

e não creio na descrença.

Essa história vai seguir

por outros capítulos entra

agora, na curva dos quarenta,

vejamos o que vai vir.

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