Veio um tempo de homens a mim
adicionar desespero em pensar que
nunca mais poderia ver do mundo
espetáculo tal qual aurora do sol a
sair do céu em meio a raios e luzes
sumindo na vinda das horas, e do sal
alimentando a natureza seguindo rumo.
Morrem nos ventos as cores e dos céus
os seres e os meus olhos, como fosse
romper do caminho dos oeste ao ponto
alto que não posso ver – de ver me cega –
e segue o caminho do leste, deixando
saudade, que, de não ver, desespero...
Traço reta e curva, mas não sei calcular
uma medida que me dê o espaço
no qual saiba se se vive ou morre
unicamente de contar os dias e não ter fim:
de um lado há uma data sem volta,
além das gentes.; de outro, espelho fosco.
Ciranda de roda é o tempo, o qual
ostenta criança que não quer mudar
seu amor, e quem não cansa, gira.;
tonta, espera, e não sabe, e desespera
ao véu da terra os olhos, e sabe ser eterna...
|