Num pano de fundo azul,
com buracos feitos de estrelas,
uma luz de prata da lua.
Ao fundo, o barulho das ondas,
à frente estava você e uma luz que é só tua.
Não foi possível saber,
nem é possível explicar,
tampouco quero entender
a emoção de te beijar.
Um beijo que, a um tempo,
acarinhava a alma,
e acelerava o coração,
por testemunhas o vento,
a lua, a praia, o verão.
Não tenho certeza de nada,
do futuro nada sei.
De você, então, não sei nada:
só o nome, que meu coração repete
enquanto pensa aliviado:
foi por quem tanto esperei.
Não sei se ainda vai chegar
outro encontro, outros beijos.;
nada foi dito ou combinado,
só há em mim o desejo.
Desejo surgido do olhar,
que brilhava prometendo,
desejo crescido no beijo,
que beijava, mais querendo.
Nem sei onde é que tu andas.
Teu nome completo? Que importa?
Onde vives? O que fazes?
E daí? Abriste-me a porta...
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