Há quem afirme, cheio de razão,
do alto de seus pedestais,
que amor é coisa para loucos.
Talvez sim, talvez não.
Então vejamos: se ser louco é não ter lógica
no que pensa, sente ou faz.;
bem, dou a mão à palmatória:
amor é mesmo pra loucos
e quem não for louco, é outra história.
Há ainda quem diga, que amor é uma química,
um resultado obtido através de alguma doida combinação
entre o cheiro de um e o nariz de outro,
(coitado de quem cheira mal...)
ou uma tempestade de hormônios enlouquecidos,
desencadeada por uma tresloucada relação
entre os genes presentes só Deus sabe em que tecidos,
células, sistemas, órgãos ou algum fator desconhecido...
Parei aqui. Pura balela de quem busca explicar
tudo que não consegue viver,
que não tem nem nunca teve o prazer de conhecer.
Antes que eu me esqueça, tem os poetas.
Estes são doidos por natureza.
Talvez venha daí a certeza,
a firmeza, a simplicidade e a clareza
de falar de amor como quem fala
do último filme que viu ontem
deitado no sofá da sala.
No fim da história,
quando a questão já se arrasta
acaba-se a discussão,
com a simples conclusão:
Não há que falar-se do amor,
o amor por si já se basta.
|