QUEM ÉS TU?
Uma aparição de uma dança ao vento,
que vem e vai sem intenção?
Uma armadilha da vida que surgiu do nada?
Quem és tu?
Aquele que me invadiu e me deixou sem ação?
Tu és um duende que ganhou minha atenção.
Tu me surgiste do nada, numa dança imaginária.
Tu chegaste diante do meu olhar
e com as tuas mãos me induziste a uma dança de frisson.
A beleza e a graça dos passos induziram-me à
um pulsar de desejos latentes.
Surgia em mim um místico medo de te amar.
Tu, que surgias do nada,
Parece que tudo tu sabias de mim.;
e nada tu sabias, só existia o desejo de dançar.
E com ingenuidade infantil, partimos numa dança
que hoje estamos a navegar.
Tu vens e partes no mesmo piscar.
Tu não sabes, talvez, o quanto quero me afastar,
Mas não consigo, quando tua voz passo a escutar.
Tua visão é como uma sombra que
envolve todo o meu bem-estar.
Tento fugir dessa sombra que tu és.;
tento aproximar-me de ti, e fico a ensandecer-me,
desejando te amar, te tocar, te sentir como real.
O que sei de ti?
Nada.
Um simples homem que surgiu de uma dança,
Que me fez sentir viva,
Que me fez pulsar de emoção e
Vibrar a energia da paixão.
Mesmo te sabendo sombra,
Desejo permanecer nesta fantasia
E, o meu amor cantar.
Luiza Mohaupt (ou Luiza Saito )
|