Que povo é esse,
De homens pasmos e cansados,
Trazendo nos olhos rasgados
O fim do brilho da vida?
E as mulheres
De corpos alquebrados,
Os peitos murchos, desleitados,
Sem poder amamentar a Vida?
E as crianças,
Pobres curumins meninos,
Vagam sem esperança,
Barriga grande, braços finos,
Olhos fundos, já sucumbindo,
Ah. tristes curumins meninos...
Não serão guerreiros como os pais,
Nem contarão lendas e histórias
Dos seus feitos ancestrais.
Levanta-te povo sem nome!
Mata com a clava,
Acerta com a seta,
Esmaga com a maça.
Nãofiques assim cabisbaixo
Esperando o golpe baixo
Da consciência dos homens.
LUTA. GRITA. IANOMAMIS!
- Poesia classificada(semifinal) no II Concurso
Nacional de Poesia Alternativo Cultural INTERVALO-RJ . |