SEQÜESTREI A LUA
Perdoe-me confidente amiga!
Tornou-me egoísta a dor
De ser só e sem ainda saber
Donde retornas sem o alívio desta vida.
Não mais iluminarás os enamorados
Guardando beijos e segredos.
Não mais testemunharás paixões,
Tampouco alimentarás ilusões.
Seqüestrei-nos na clausura da noite,
Até que confesses sem rancor:
Se, só, perecerei neste desatino,
Sendo somente um, sem meu amor.
Serás prisioneira de minha dor,
Que testemunhastes noites e noites,
Sem misericórdia e sem piedade
A banhar os amores da cidade.
Minha liberdade é vossa,
Vossa liberdade agora é minha.
Estrelas brilharão sem vosso convívio,
Perdidas na solidão do firmamento
Até que cesse este meu lamento.
Por: Edson Campolina
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