O amor hiberna, flagelado
em fragmentos flutuantes,
sob as golpadas onde respira
o sexo.A alma seca da grande
pedra fértil, invoca um felino,
escondido nas gárgulas das
veias em fogo.O corpo bebe
na terra purificada, algas de
perfumes raros, onde os animais
guardam a memória desintegrada
do feminino.Nas golfadas cíclicas
do ventre, alguns fios de água
cegando o polén, onde ainda
o amor se mastiga.Os pulmões
aguardam um desejo de regresso.
in, inédito - 2003 |