Sombras que me acometem
um dia, dois. A permanência
vejo os cristais que me prometem
pouco de luz por indulgência.
Sombras que me acompanham
Vagas, tormentas, tufão
peço a destreza de uma mão
que de suores sempre lhes banham.
pelas madeiras monumentais
pelas esquivas do sentimento
Soltem o machado os arsenais
na contundência do firmamento.
Sombra, reapareces
no momento mais sublime
anunciado o esquecimento
minha vertigem tu não esqueces.
Sombra, quão foi inútil
fugir de ti, manto sagrado
quanto tempo preocupado
com urdidura tão inconsútil.
Sombra, a ti me entrego
Alma, coração, mente e corpo
empreste do divino o escopo
o madeiro, a madrugada e o prego.
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