Sua ausência cria em mim um hiato,
Preciso até mentir para ser sincero.
Eu nego o que eu sei e o que eu quero:
Amar e respirar no mesmo ato.
No Abismo, não sou nada contra a chuva.
Os corações são dois sendo o mesmo.
Perdido, eu ando-me sozinho a esmo,
E sua mão me cai como uma luva.
Precisarei pedir suplicamente
Que batam ao tempo gêmeo, separados
_Que seja isso o suficiente.
Se os olhos do segredo estão fechados
Verão com mais clareza de repente
ao serem, suavemente, envenenados. |