Usina de Letras
Usina de Letras
41 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62385 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22545)

Discursos (3240)

Ensaios - (10439)

Erótico (13578)

Frases (50771)

Humor (20066)

Infantil (5482)

Infanto Juvenil (4802)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140862)

Redação (3319)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6230)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->RODA BRASIL -- 25/09/2003 - 13:20 (Marco Antonio Cardoso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


RODA-BRASIL



Roda Brasil, ligeiro,

Altruísta e altaneiro,

Som de cuíca e pandeiro,

De março a fevereiro.

Roda Brasil sem igual,

De bumbada e carnaval,

Trabalho no canavial,

Florestas e coqueiral.

Roda Brasil e bate

Tambores, a sua arte,

Auriverde estandarte,

Quem deixará de amar-te?

Roda Brasil, gigante,

Possuis riqueza bastante

Para este povo possante,

O seu futuro garante.

Roda Brasil, do justo,

Que não matará de susto

Ou fome seu povo augusto,

Combate o pirata astuto.

Roda Brasil-Poema

Pontal do Paranapanema,

Pataxó Brasília queima,

Grana que some em esquema.

Roda Brasil de paz,

Não se esqueça jamais,

Da justiça que se faz,

Ao povo que ama demais.

Roda Brasil, o samba

Quem faz é o bamba,

Espanta a carimbamba,

Alegria é tua muamba.

Roda Brasil da felicidade

Caprichoso da eternidade,

Garantido de lealdade,

Viva o Brasil, Mocidade!





BAHIA I



Bahia

Toda noite, todo dia,

Oxalá, Oxalufã,

E a dança de Nanã,

No terreiro candomblé,

Na catedral da Sé,

Itapuã, tarde vã,

Vou de van pra Itaparica,

Cruzar a baía rica.





SERGIPE



Sergipe

Lá vou de jeep,

Por Lagarto, terra afora,

Na praia e no sertão,

Me apropriar de tua mão,

Em Propriá não vou não,

Deixar você descansar.

Só em Estância Naná,

Pra descansar.





ALAGOAS



Alagoas

Que terra boa,

Minha mente voa

Em Pajuçara.

Maceió que é melhor

Mas vou para a zona da mata

Me embrenhar em Arapiraca.





PERNAMBUCO



Pernambuco

Estou maluco

Por ti, no Cariri.

Caruaru, menina, que rima!

Boa Viagem, para vocês,

Eu vou ficar em Itamaracá.

Ou vou pra lá,

Para Floresta. Virgulino,

Foge já pra Petrolina.





PARAÍBA



Paraíba

Lá pra riba

Ave de arribação.

Campina Grande

Forrozando na manhã.

Nas praias de João Pessoa,

Vou ficando, numa boa.





RIO GRANDE DO NORTE



Rio Grande

Que é do Norte,

Aqui eu fujo da morte

Na pontinha do Brasil.

Noronha das aparições,

Óvnis e cações.

E o que é melhor?

Uma tarde em Mossoró.





CEARÁ



Ceará

O que é que há?

Fortaleza pra guardar

O que há de bom.

Meu padim do Juazeiro,

Me socorra o ano inteiro,

Se a seca assolar

Em Quixadá.

Mas nada é para o mal,

Vou dormir lá em Sobral.





PIAUÍ



Piauí

Nossa santa Terezina,

Vou ver tuas meninas

De Corrente a Parnaíba,

Numa picada em Picos,

No lombo de mula manca

Vou ficando por aqui:

Piripiri.





MARANHÃO



Maranhão

Beijo as mãos

Da moça no São Luis,

Na esquina do chafariz.

Alcântara que canta

Uma canção de lembrança

Debruçada sobre o mar.

Mas não faz mal,

Logo eu chego em Bacabal.





PARÁ



Pará,

Que é pra descansar

Na Belém do santo Sírio

De Nazaré que encanta.

Aqui eu vou me esbaldar,

De Marajó a Marabá.

Araguaia, Caximbó,

Altamira, Santarém,

Eu vou também!





AMAZONAS



Amazonas

Mundo das águas,

Que levaram Ajuricaba

Pros braços da Uiara.

Manaus mandando naus

Pra todo lado, todo igarapé,

De Humaitá a Manicoré,

E o povo Nambik Wara,

Vendo um mundo que não para

De os engolir.





ACRE



Acre

Dos acres de terra,

Floresta monstruosa e bela.

Defendamos ela!

Contra balas as palavras,

Verdade contra quem mente,

E a vida de Chico Mendes.

Rio Branco, vermelho de sangue.





AMAPÁ



Amapá

Não posso ficar

Mas não deixo de passar

Na ilha de Maracá.

Porém, antes de dar no pé,

Passo lá no Oiapoque,

Carregando meu bodoque

Passarinheiro.





RORAIMA



Roraima

Já vou praí

Pra lá de Caracaí,

Boa Vista da floresta

Do norte que me empresta

Sua beleza ancestral.

Sou menestrel do Uraricoera.





RONDÔNIA



Rodônia,

O velho Rondom,

O nome de um homem bom.

Ji-Paraná, na Chapada

Dos Parecis, apareci,

Pedras Negras, Abunã,

Porto Velho, de manhã.





MATO GROSSO



Mato Grosso

Tem velho, tem moço,

Nesta imensidão de terra

A capivara sempre erra

E o jaburu avôa livremente

Cruza Cárceres, lentamente.

Alta Floresta, do índio altaneiro,

Barra do Garças, gracejo ano inteiro.





MATO GROSSO DO SUL



Mato Grosso do Sul,

Pantanal, alagadiço,

Ao gado que dá sumiço,

Boi de piranha.

De Aquidauana parti,

Até o Rio Taquari,

Corumbá, Porto Esperança,

No final destas andanças,

Amanhã, Ponta-Porã





TOCANTINS



Tocantins,

Tocas em mim.

Araguaia, Bananal,

Nosso Porto Nacional.

Palmas para Carolina,

Do Estrondo ao Gurupi.

Que pena, já vou partir.





GOIÁS



Goiás,

Cerrados e ais,

Campos belos, Jataí,

Taguatinga, Anápolis.

Ao sol é que vou corar,

Coralina a poetizar.

Cruzo a dourada serra

Enquanto a seriema berra

Para mim.





BRASÍLIA



Brasília

Ao sol, brilha,

Milha após milha

Do lago Paranoá.

Catedral congregacional,

Da capital nacional.

Cruzo a cruz na encruzilhada,

Mistério na esplanada

Dos ministérios.





MINAS GERAIS



Minas Gerais,

Suas minas geniais,

De endoidecer um rapaz

Que roda o Brasil em paz.

Ouro Preto, gente fina,

Juiz de Fora, Patos de Minas.

Uberlândia, terra de compaixão,

Chico Xavier, nosso caro irmão,

Mostra nas letras de monte,

Este Belo Horizonte.





ESPÍRITO SANTO



Espírito Santo,

Estado de graça.

Rio Doce, Colatina,

Caparão, Guaçui,

Vitória e Itapemirim.

De Guarapari a Cariacica,

Terra tão rica.





RIO DE JANEIRO I



Rio de Janeiro,

Fevereiro e março,

Campos do Niterói.

Sepetiba, Parati,

Petrópolis aponta

O Dedo de Deus.

Guanabara, pra que tanto?

Paquetá!





SÃO PAULO I



São Paulo

Da caipora, Pirapora,

Rio Preto e Ribeirão,

São José e Cubatão.

Cruzo, Prudente, a terra

Do Presidente Campinense.

Como araçá e toco tuba,

Pros Santos do lado de lá,

Itu e Guaratinguetá.





PARANÁ



Paraná,

Melhor não há.

Iguaçu a despencar,

Maringá, Maringá.

Araucária no ar,

Porto de Paranaguá,

Ponta da Serra do Mar.





SANTA CATARINA



Santa Catarina,

Terra da flor menina,

Floripa que me ilumina.

Chego em Blumenau,

Estranha nau germânica

Em solo Guarani.

Joinville, Itajaí,

De Laguna a Lages subi.

Canoinhas do Caçador,

Até Xanxerê.





RIO GRANDE DO SUL



Rio Grande

Lá do Sul,

Baita terra trilegal,

Passo fundo por Caxias,

Em Bagé tuas gurias,

Prendas do Erexim.

Patos, Lagoa Mirim.

Porto Alegre ta pra mim,

Sete Povos das Missões,

Uruguaiana, meu fim.





SÃO PAULO II



São Paulo, que hei de dizer,

Sua beleza, em cinza a padecer,

E o Tietê, tristeza de se ver.

Tua natureza, humanizada e nova,

Nos impõe sua beleza.

Somos todos imigrantes

A te dedicar poemas,

Desde São Vicente

Ao Pontal do Paranapanema.

Grandeza ituana, praia santista,

Ou percorrendo a Paulista.

Entre a Ipiranga e a São João,

A ti, São Paulo, todo o Brasil dá a mão.





RIO DE JANEIRO II



Rio de Janeiro, doçura do Pão,

Teu Leme leva o Arpoador

Nas águas da Guanabara,

Que olha garotas de Ipanema,

E se enamora da princesinha

De Copacabana.

Descansa a semana na sombra

Das Laranjeiras.

Arcos e flechas da Lapa,

Alamedas de Mangueiras e Salgueiros,

Samba no pé, o ano inteiro,

Deste Brasil, brasileiro.





BAHIA II



Bahia, terra adorada,

Terra de encanto e magia,

Surgida na longínqua páscoa,

Descortinou o Brasil.

Pindorama, azul anil,

São Jorge dos Ilhéus,

Um Porto seguro no céu.

O santo rio do Francisco,

Cortando como um corisco

O sertão que fora mar,

De Paulo Afonso subia

A Juazeiro vertia

Suas águas de quase mar.

E a Bahia se fez livre,

Do último dominador,

No Dois de Julho, heróico,

Tornou-se Brasil também.

Por esta terra tão ímpar,

De mata, sertão e campinas,

No Raso da Catarina,

É o carcará que domina.

Terra do Bom Jesus,

Da Lapa e dos Navegantes,

Teu coração é gigante,

A todos pode acolher.

De Carinhanha a Chorrochó,

De Catita a Mucuri,

Que bom voltar para ti.





Marco Antonio Cardoso

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui