Olhando para o relógio.
Ponteiros, números,
Círculo obsceno na parede branca.
Movem os ponteiros. Hipnotizam.
Aos poucos... A dogmática da escravidão
Por parte do tempo.
No meio. Vigilante.
Senhor, rei, imperador.
Todos fiéis ao tic – tac.
Tua ingenuidade.
Tua ambição.
“ Reloginho ” do mal, desapareça dos meus olhos!
Risos desaforados. Não sou mágico!
E ele na parede.
Circular, tic – tac tic – tac.
Folgoso, domina sem levantar nenhuma arma.
Rede de descanso para ele.
Rede de conspiração para o resto.
Reloginho banal!
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