"Fausto - Que nome tens?
(…)
Mefistófeles - Sou parte da Energia
Que sempre o Mal pretende e que o Bem sempre cria"
Fausto - Goethe
Tua sombra passeia pelo quarto gótica
como um cão vagabundo e silencioso.
Quem és, espectro ou deidade?
Devagarinho, tu te apresentas
a um novo Fausto sedento de Vida Amor,
Mistérios e Poder. Fogo e Faísca.
Pareces como coxo vermelho,
mas é o daimom da humanidade,
O mestre de obras do divino arquiteto.
Tu desejas ser o mestre imortal, o senhor das potências
e dos tronos - Princípe Negro da Criação.
Só que és a espada o divino mestre.
Tuas palavras, tuas palavras são
como a palmeira ardente na escuridão,
farol oblíquo que, conduzindo pelos escolhos
vorazes, conduzes até o Jardim do Éden
(Jardim que cobiçaste e invejastes de Adão).
Tua língua é a espada dialética
que, ao ferir o incauto viandante,
enegrece a fronte imaculada,
separa as personalidades fáusticas e goethianas,
conduzindos até os
setes círculos do paraíso…
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