Um dia no vale da minha terra,
Terra que encanta e seduz,
As cores da natureza, com certeza.
Chuva fina, faz garoa,
Molha o chão onde coroa.
Planta tudo que gente fica contente.
Na varanda da minha casa
Tudo olho e tudo contemplo.
Vejo a chuva que molha o chão,
e o vento que sopra a brisa.
Tudo tem sentido - Há uma contemplação.
Terra do mundo e de ningém...
Deitada na rede da varanda,
Admiro a existência de um vale.
As cores que lá surgem,
Pela chuva fina que cai,
Resplandece o arco-íris.
Terra minha, da vida e do alem.
Diante de tal imagem vista
Rezo à Deus tal existência
E se Deus tudo isso é,
Tenho Deus todo momento.
Olho pedra e olho vento.
Nada regressa, nada se repete.; tudo é autentico.
No vale te encontro.
Sol, chuva, vento...
Encontro até a dança dos vaga-lumes,
Que vêm à noite visitar-me.
Pisca-pisca faz a minha vida iluminar.
A transformãção, a mutação do universo advir.
Ah! Minha terra que encanta.
Varanda, meu jazigo a mirar.
Noites que lá passei, nada a pensar.
Nesse momento sinto saudades,
Daquela cancha que lá deixei.
Bate forte coração no imenso nada existente.
Fico, procuro, permaneço, espero, desejo...
Choro. |