Minhas pegadas deixadas,
À margem da insensatez,
Estão fincadas sobre a cal dos seus versos,
E petrificadas pela brisa e por seu pranto...
Difícil indagar pelo caminho correto,
E não menos dificultosa,
É encarar tamanha desilusão,
A ciranda da solidão...
É fardo a contra-dança no sereno,
Um baile no terreiro,
Posto que a serenidade arremete ao medo...
Essas mesmas pegadas,
Outrora indicava a estrada,
Cicatriza n’alma um calvário arrebatador.
Se não posso,
Também já não clamas,
Reacender a chama apagada da memória...
É triste perceber,
Embebido véu,
A mácula que resiste... desabafo!...
|