Tu és uma tela que pintei - irreal.
Procuro-te por todos os lados,
Não te encontrei.
As cores que aqui derramei,
são feixes de luzes - apagadas.
A arte não te compôs,
Busquei nuanças, idéias, lucidez.
Tudo ofuscava minha imagem.
Busquei-te em cada canto da tela.
No meu céu interior uma mensagem.
Não há estrela que me guie,
Que faça tua imagem - minha mente.
Minha alma permanece em silêncio.
Procurando sentir o teu rosto quente.
A conduzir-me firmemente.
Dói ver uma tela tão ausente.
É como um parque abandonado,
Sem fonte, sem vida, sem esperança...
Todas as ninfas - peste.
Saudades de um corpo apaixonado.
Minha alma foi enclausurada.
Nem mesmo consigo pintar.
Um cansaço me invade,
Minha mente - apagada.
Sonhos? Esquece, - alvorada. |