Já não me importava com o mundo,
Com os meus passos nas calçadas,
Com a chuva que enfraquecia
A cada instante.
Não quero saber e terroristas,
Bombas, ameaças...
Mesmo que o universo fique em pedaços,
A nada estou dando atenção.
No meu andar lúcido.
Na minha vida inversamente proporcional
A sua guerra armamentista.
Crio armas. Utilizo-as. Acabo morrendo.
Nenhum mito.
Nenhum herói.
Nenhuma história.
Nada me induz a uma explosão definitiva,
E tudo se resume em dias cada vez mais desiludidos.
Por onde andei?
Por onde ando?
Pra onde irei?
Até onde chegarei?
Um resto de mim não se despreza,
Ainda quer vencer
Na concepção do infinito,
Na ilustre idéia própria.
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