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Poesias-->Últimas Horas de Outono -- 20/06/2003 - 13:02 (Luiz Fernando Aventureiro) |
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Amanhã, às 16 horas já vai ser inverno.
O eixo do planeta Terra se curvará e o
hemisfério sul receberá menos sol...
Teremos menos de 8 horas de sol por dia.
Estaremos sob o ataque de pesadas frentes frias.
O inverno vai chegar.
Mas meu amor não...
Meu amor estará longe.
Talvez em alguma galáxia perdida
Talvez nem exista.
Só existe esse frio, essa névoa gélida.
Que queima meu rosto...
Quando ando perdido pela rua
Sem rumo...
Antes eu iria te procurar...
Mas e agora?
E agora?
E agora, Luiz Fernando?
é agora Luiz Fernando...
Se a cidade não fosse só mais uma
perdida no interior
Onde a noite é tão vazia...
É, mas a noite em São Paulo também é vazia.
Carros passam, luzes passam
mas a frieza das pessoas talvez seja mais vazia
que a Viçosa silenciosa e coberta pela névoa
E a névoa é composta de vapor.
O vapor que escapa dos nossos corpos
Quando nos amamos...
O vapor que escapa do meu corpo
São os meus desejos...
Meus desejos por você.
Vão formar a névoa prateada
Que as luzes de mercurio tornam-a
amarelada... Como as fotografias
num baú, perdidas desde 1950...
Sonhos empoeirados
Sonhos deixados de lado
Deixados de lado por coisas menos importantes...
Nossa felicidade deveria ser o mai importante...
Me beije... me ame... me aqueça
Eu te aquecerei
Não deixe que nosso calor evaporece-se
E perca-se na névoa...
Névoa que só banha as cidades do interior
Por que nas grandes capitais,
Não é névoa... É poluição.
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