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Poesias-->Econtrei-te -- 16/06/2003 - 18:06 (Lucas Tenório) |
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Encontrei-te,
Num velho cuco abandonado.
O tempo, desfigurado,
a Tez, a minha tes...
Encontrei-te,
Num chão de giz,
e por que tu não diz
do teu bailado multifacetado?
Encontrei-te,
Num casarão baldio,
faça chuva, faça frio,
tens o sangue dos anfíbios
que escavas na minha pele.
Encontrei-te tatuada
na dele, no corpo dele,
na linhas da mão dele,
na historieta dele.
Encontrei-te:
Maria Antonieta?
Não.
Maria Aparecida?
Não.
Maria D arc?
Não.
Maria Bonita?
Sim.
Encontrei-te em mim,
quando me contaste aquela
mentira.
Ah menina!
Disseram que o Castelo
do Além Mar,
enfestado estaria,
Só de amor e boemia,
E uns capangas brabos...
Puxamos o rabo do gato,
Miados!
e foi um rabo de galo,
Jogá-lo.
Encontrei-te numa estrela
que vertia os quatro fundamentos,
em aquarela,
na meiguice de teus olhos
e de tua voz,
toquinho
da quintessência.
Encontrei-te a sós,
na tua aparência
e nos disseram pra todo mundo.
Encontrei-te no mundo:
Cochicho.
Encontrei-te no âmago
Paulistano
Encontrei-te no tom
Alagoano
Na raiz de uma árvore
canhestra.
Metido a besta,
Canto-te algumas
do Maestro,
Aquela canção
bem-te-vi.
Encontrei-te
e agora?
Dancemos,
a chuva é lá fora,
bate-nos,
o coração.
Dixaste entrar o terceiro,
Viola,
feito luz de candeeiro,
Nunca mais,
o perdigueiro vigia.
Estamos seis, muito mais,
estamos de vigília.
Um beijo (gritas) para Carolina.
Beiju, beijo, beijos, biejuss,
Kiss...
Em
A moça do sonho
Edu Lobo/Chico Buarque - 2001
Para o musical Cambaio, de Adriana e João Falcão
Cambaio
Súbito me encantou
A moça em contraluz
Arrisquei perguntar: quem és?
Mas fraquejou a voz
Sem jeito eu lhe pegava as mãos
Como quem desatasse um nó
Soprei seu rosto sem pensar
E o rosto se desfez em pó
Por encanto voltou
Cantando a meia voz
Súbito perguntei: quem és?
Mas oscilou a luz
Fugia devagar de mim
E quando a segurei, gemeu
O seu vestido se partiu
E o rosto já não era o seu
Há de haver algum lugar
Um confuso casarão
Onde os sonhos serão reais
E a vida não
Por ali reinaria meu bem
Com seus risos, seus ais, sua tez
E uma cama onde à noite
Sonhasse comigo
Talvez
Um lugar deve existir
Uma espécie de bazar
Onde os sonhos extraviados
Vão parar
Entre escadas que fogem dos pés
E relógios que rodam pra trás
Se eu pudesse encontrar meu amor
Não voltava Jamais
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