E por um instante,
Oculta noite afora...
Na calada negritude,
Brio contido... a fuga!...
A paz roubada...
Sentido deturpado,
De um falso compasso... devaneio!
Feito bruma e fel...
Furta em silêncio a doce inocência,
Aurora repentina,
De orvalho e seiva.
Campo de batalha,
De infância tardia.
Ofuscas o belo,
Sublima a tentação,
Confunde céu e inferno...
Por toda a eternidade,
Mil juras feitas sob um castelo de areia...
Por entre dedos,
A sanidade,
A paciencia,
Um dilema...
Por um instante,
Se refaz a juventude...
Num maroto sorriso banhado de brisa e vento,
Finda o calvário de lágrimas...
E como que por magia aflora a calma,
Ruboresce a face... a meiga face,
Esquecida há muito na teia do tempo... |