SENECTUDE
Ó senhora,
olhai vosso céu
contai vossas estrelas
e beijai a lua nova
sob a trava
dos vossos olhos!
Dizei-me então,
qual a cor do meu mar?
Antes, tirai a trava
do vosso olhar...
Ai, essa senectude
que retêm o refúgio amargo
de melancolias e sombras, sem luz,
tem a aura cinza dos desesperados...
Oh, alma penada,
de uma tristeza
tempestuosa, fria!
Que vaga por ai
sem nunca
brotar
uma flor!
Nhca
Jun/03
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