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Poesias-->CERZIDURAS -- 13/09/2000 - 01:24 (Fernando Tanajura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CERZIDURAS



Vejo a noite ao revés

cair como alçapão imenso

a prender almas corcundas e penitentes



Gazuas, peneiras transfiguradas,

deixam escapar camélias,

corais

e uma madeixa de cabelo solto

ao vento



São corais que o vento

em suas órbitas incertas

lança areia nos vidros embaçados



No recôncavo das minhas bolhas

uma audácia absurda

borda

ametistas e esmeraldas

em nesgas das minhas penas



Tenho línguas secas

a lamber-me corpos vindouros



Vou cerzindo os mistérios da vida

em teias

de alaridos findos

em milagres

filtrados de razões

em cateretês em torno de bibocas



Trituro o hálito entre os dentes

deixando-me às horas

lançando-me às nuvens

desprendendo-me de um ninho abandonado



Uma lágrima sem mãe

rola pela escada em repuxos

despertando uma fresca manhã

prenunciando o gozo



Jazo desfalecido

nos jardins da ninfas





© Fernando Tanajura Menezes

(n. 1943 - )

(in Revista Alternativa

Boston-MA/USA - Agosto 2000)

http://tanajura.cjb.net





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- Enigma



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