O amor, me transporta em decoro preito bem-vindo,
Nunca me esquece mesmo eu me esquecendo no vazio
Da solidão, ele se volta a mim com olhos barroco místicos,
O infinito em serenata de suas mãos que afaga,
Ah amor da morte, amor que findará na morte, pois senão
Nunca findará em vida, pois se respiramos, o amor
Cospe em sua face seu poder feudal em hereditária fantasia,
Presente penetrante, a mulher se faz embebida na contemplação
E o cenário do mundo me lembra o Sol posto em distante metabolismo,
E todas as células de um corpo qualquer se fazem células argênteas,
E as pernas malabares se sustentam por simples experiência,
E de súbito, um sorriso, muito menos que gargalhada,
Mas diz muito mais, será milagre??? Será uma dádiva???
Não sei, mas como amo agora, meu Deus, como amo nesse momento,
Até terei forças para viver, para encarar-te poesia misantrópica,
E daqui, penso na mulher que amo, só ela me traz lógica
De um desarranjo tardio já, ah tórrida paixão, mulher sísmica,
Agüento-me em pé, me agüentarei em pé, sustentado pelo amor
No hálito da aurora pálida hoje, tímido diante da beleza da vida.
Thiago Schneider Herrera |
