Quando me disseste Adeus, vivi um sofrimento.
Meu coração circundou, meu corpo faleceu.
Tu, realmente, não sabes o mal existente,
Que brotou em meu ser, arrebatou a alegria.
Tu, que dizias: Eu não te amar.
Agora sofro a perda de um ser,
Ser: amante, amigo, homem, querido...
Ser, que tudo se une para viver o amor.
O que desejas de uma mulher?
Amigo. Quando rimos, brincamos, aquinhoamos.
Amante. Quando dividimos carícias, desejos...
Homem. Quando me sinto protegida, amparada...
Querido. Aquele jeito gostoso de menino maroto.
Tudo que o universo conspira no mundo do amor.
Tudo pairava sobre mim,
E como desejava que em ti fluísse o sentir do meu ser.
União, aconchego de um bem querer.
Hoje sinto que tudo adormeceu,
Parece que o medo vence e,
O horizonte, contigo não alcançarei.
Perdida em meus olhos de ilusões.
Clamo as estrelas num céu adormecidas.
E sozinha, caminho pela estrada da vida.
Procuro aquela mão que um dia estrela me foi.
Contemplo sozinha a multidão.
Sinto minhas mãos vazias, meu coração ferido.
Sinto meus pés sem chão, caminho nas ondas.
E admiro aquela onda que passa, mansa.
E minhas lágrimas se unem, as minhas angústias levando.
Tu levaste contigo todos os meus sonhos.
No silêncio do deserto de um universo perdido.
Mas nesse silêncio é que sinto e,
Olho todas as saudades que deixaste.
Meu sonho, perdido está? [Tu sonho o és]
Viajo, hoje, sem rumo, sem forma, sem destino.
Tu existes sonho meu?
Suspiro de dor. Sonho amante, amigo...
Tudo teu: corpo, alma, rosto e existência,
Consome o meu ser - espaço vazio.
- Eu procuro, não encontro.
Fantasmas da esperança - Encontros imaginários.
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