Suspirando suplico:
Ó! grande estrela,
Por onde andas que a min não vê,
A cada esquina
com os meus por quês?!
Enganando a min mesmo,
Digo: não à amo!
Mas na alma um conflito
quase que mortal,
De saber que esta certeza
é um ledo engano.;
Mas, por onde anda,
que a min não socorre?!
Sigo como nau que perdeu a noção.;
Ah! suspirando sigo
Entre desamores,
Pairando no ar silencioso,
cheiro de horrores.;
Do sorriso largo
só o escárnio resta,
Da cantiga frêvula
Só os grilos cantam!
Da estrela cadente só rugas na testa.;
Em cadência lenta
Sigo pelas sombras...
Autor.: José Ferreira de Matos
|