veja as profundas ironias
frutos de tua loucura:
quando eu era um anjo bom e sedutor
tu jamais quiseste estar em meu leito
o meu calor te incomodava
meus beijos te faziam sofrer
e tudo o que te importava era
o que o tempo faz perecer.
hoje que sou demônio,
traindo meus eternos ideais,
tu me suspiras como o leão à carne
como o ladrão ao ouro,
como o moribundo à vida.
mas sem razão que me guie,
eu agora é que te rejeito:
não há amor no inferno em que
vivo, e, além disso, há outros anjos por ai...
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