Senhor de si, dos outros, de mim,
Mestre do que se torna oculto
Esconde-se num jogo ardiloso
Apodera-se do meu pensamento
Senhor dos segredos da magia
A balança da justiça, desestabiliza,
Não há quem lhe desafie a soberania
Tão senhor você é
Que medra minha ação
A vontade não encontra eco
Numa, qualquer, reação
Sem amarras à sua ambição
O finito jaz sem fim no Universo
Senhor é, também, do destino
Encontra seu precioso bem
Olha à sua volta, indiferente
Segue sempre procurando alguém
Que lhe torne algo diferente
Abre seu caminho, consciente
Trancando os corações sensíveis
Pois destrói, nesta trilha, inclemente
Sentimentos doces, muito frágeis,
Em corpos vazios, nus,
Despidos de emoções reais,
Marionetes dos seus desejos
Senhor de imenso poder
Destrói com a fúria do seu saber
Quaisquer argumentos insólitos, inconsistentes.
Senhor de Fogo da Vida
Seja justo, ao menos, no fim
Traçando em linhas desmistificadas
Os rumos que desvendam você para mim.
Claudia O H |