Abençoada alma, querida e boa,
Em tudo enxerga a Luz que aperfeiçoa
Os rumos que te apontam perfeição!
Se amargamente sofres, sem descanso,
Ampara-te no bem singelo e manso
E sente sempre Deus no coração.
A beleza da vida esplende em nova aurora
E na paz se reflete em toque redentor.;
Se infrene a dor campeia e a humanidade chora,
Em tudo se semeia o Divinal Amor!
A Divina Harmonia espraia-se infinita,
Dos astros perpassando o cerne radiante,
Tornando a Terra estranha e tristemente aflita
Um berço de ternura e paz reconfortante.
Não descures do amor que te sustenta e guia
E sê sempre feliz em cada alvorecer.
Da noite caprichosa emerge um novo dia
E sempre o sol renasce em cada amanhecer.
No mal constrangedor, encontrarás a Luz.;
No espinho compungente, o amor entreverás.;
Resiste, sem cansar, ao peso de tua cruz,
Que um dia só terás o refulgir da Paz.
Feira, 27 de janeiro de 1996. |