Usina de Letras
Usina de Letras
117 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62326 )

Cartas ( 21334)

Contos (13268)

Cordel (10451)

Cronicas (22542)

Discursos (3239)

Ensaios - (10406)

Erótico (13576)

Frases (50707)

Humor (20051)

Infantil (5473)

Infanto Juvenil (4793)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140841)

Redação (3313)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6219)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->A NOITE APÓS O DIA DE FINADOS -- 24/11/2002 - 17:11 (RICARDO MATOS DAMASCENO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na lousa das tumbas, os círios tristonhos

Derramam em preces saudades infindas,

E, em gotas de cera, desenham-se lindas

Figuras somente miradas em sonhos.



Dois anjos marmóreos assistem à cena,

Enquanto nos galhos dum velho cipreste,

Piando, a coruja, na noite serena,

Parece inspirar-se no luto celeste.



O cheiro das flores recende em bafejos,

Deixando plangentes os vivos em prece,

E nelas o orvalho dos céus, em arpejos

Da música eterna, loução, adormece.



Ná lápide em sombras, dizeres sentidos:

Lembranças escritas em mármore frio,

De tantos amores na Terra perdidos,

De seres amados, de quem já partiu.



Nos céus, as estrelas, longínquas e puras,

Que tudo iluminam com raios de amor,

Parecem cantar, entoando as tristuras

Das almas irmãs, a trazer-lhes calor.



Talvez os que fiquem na Terra chorosos

Tivessem consolo à saudade tão triste,

Se um dia soubessem, ainda saudosos,

Que a morte não mata e em verdade inexiste!





Feira, 02 de novembro de 1999.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui