Quando olhares, amigo, para o lado
E ao teu lado não vires mais ninguém,
Não te sintas ao mundo abandonado,
No caminho por onde o amor não vem.
Permanece na trilha e segue além
Das pedras do caminho não sonhado
E não te morras solitário sem
Buscar onde pudeste haver errado.
Não fiques preso à sombra transitória
E busca nos arquivos da memória
Em que lugar o coração errou.
E saberás, enfim, por que não gozas:
Tocar espinhos em lugar de rosas
É o sacrifício de quem não amou.
Feira, 05 de agosto de 1999 |