Noite... onde estrelas reluzentes
E uma Lua alva
Despontam pelo fulgor...
Tens o silêncio e a quietude,
Que só os noturnos podem perceber,
O tamanho resplendor,
No mar o afável embalar das ondas,
Numa imensidão negra de águas cálidas,
No quarto o breu,
As lembranças que se perdem no tempo,
No compasso do relógio arrasta-se a noite,
Impelida pela clara manhã..
Desponta no horizonte fachos de luzes,
Que o Sol manda como mensageiro,
Vem então o dia ao cantos dos pássaros,
Surge o rei imponente que aquece as dobras do mar
E o torna verde
Arde nas costas da Terra, resseca e racha o Solo,
Mas o verde filtra os raios solar,
E em fotossíntese se alimenta,
Traz o Sol luz em filetes,
Que entram pelas frestas da janela,
Num fascínio com a pele da face,
Que revela um par de pérolas negras inda despertas,
Tudo num tom de alegria...
Luz que renova e ativa as forças,
Cortando os lábios com um sorriso,
Soprando o desalento que se vai no abrir da janela,
O bocejo, o esticar do corpo...
Vida nova no novo amanhecer...
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