Esperança devaneio semeado, algum tempo que nunca vai chegar, pois bem que foi imaginado, já se desfez, esgarçado no ar. Amarga fundo no peito, estraçalha o coração, não mata, não tem jeito, e não existe solução !... Sorrir quando assim convenha, e quando for o caso chorar ! É deixar que ela venha, silenciosa, mansa, devagar. Saudade estrada comprida, comprida e sem contramão, de um lado a alegria perdida e de outro a solidão... Impressão dos tempos perdidos, presença de velos amores, lembranças de entes queridos, doce mistura de prezer e dores. -José Angelo Cardoso.-Poeta, contista, artista plástico. Presidente-fundador da Academia Guairense de Letras. |