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Poesias-->Falsidade -- 08/11/2002 - 12:28 (paulo izael) |
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FALSIDADE!
Sinto um aperto sufocante no coração.
Meus batimentos tornam-se lentos e intermitentes.
Falta-me o equilíbrio que consagra o ego.
Rodopio em círculos e esquivo-me da vida.
Percebo o esmorecimento incomodar o corpo.
Um indesejável suor frio apossa-se de mim
Com ferocidade, tornando-me lento, incapaz.
Sinto um golpe produzido pelas dores musculares.
Meus olhos ardem pelas lagrimas que rolam.
Nunca o desanimo dominou-me de maneira
Absoluta e constrangedora a ponto de sedar-me.
Sinto-me diminuído em meu apático microcosmo
Atormentado por lembranças esmagadoras que
Revelam a intolerável ingratidão do ser humano.
Mesmo que eu desconheça o crime,
Tudo a mim é imputado às escuras, em noites claras.
A dor é tamanha que apalpo-a, degustando minha carne
Com frieza e de maneira intermitente e impiedosa.
Padeço e findo por engolir o descaso finito da vida.
Faz escuro, mas meu soluço é claro e duradouro,
Talvez as lágrimas sejam o prefácio do dilúvio que
Endireita-se rumando para afogar-me no desamor
Colhido na falsidade incrustada no ser humano...
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