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Poesias-->A Idade da Loba: Morte, Renascimento, Plenitude -- 07/11/2002 - 00:21 (Maria de Fátima Lima Castanheira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Idade da Loba: Morte, Renascimento, Plenitude



( I )

Quanto ar existe

nesse lugar estreitado

de pura e insuportável impermanência?

De suas passagens secretas

e tesouros antigos

é dona essa mulher de quarenta

que reinventa esse espaço

e dele retira todo o ar

que precisa para respirar.



( II )

De quem é esse corpo,

essa cara, meu Deus?

Quanto mais não me reconheço

nesse caminho desabaladamente descendente

mais dele me ocupo

em atos rituais

que imagino mágicos e irreversíveis

como a criança que aperta os olhos

e diz: “sou invisível”.

Invisível à teia da morte anunciada

em cada parte de mim

que responde sim

à lei da gravidade

e aos desígnios do tempo

esse deus insaciável e possessivo.



(III)

Eu te assusto porque sou dona do meu corpo

Senhora do meu prazer

Faço julgamentos, escolhas

e assumo as responsabilidades.

Pago minhas contas, não preciso do seu dinheiro

nem do seu sobrenome ou de status.

Me libertei de todas as expectativas e ilusões sobre voce

sobre o amor, sobre a vida

Vivo a liberdade de quem tem os pés no chão,

os olhos no sempre horizonte,

a cabeça centrada no coração

e o coração, no brilho da própria estrela.



(IV)

Eu quero o amor maduro

que desconhece qualquer forma de coersão

que não vive de expectativas irreais

que é tolerante, flexível.



Eu quero o amor parceiro

que ignora o que seja carência

porque é rico e só quer

multiplicar suas riquezas.



Eu quero o amor paciente

Sem pressa, solto na vida

o amor ao vento,

amor por tudo e por nada



Eu quero o amor desapegado

que domou a urgência dos desejos

que dança nos conflitos

e celebra as contradições.

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