Você diz que entende quando eu não sei explicar e sorri por achar que entendeu. Você pensa que entende quando eu grito ou quando calo sem pedir explicação. Você consegue entender a você mesmo e me acha estranha às vezes. Você sabe que não somos iguais e quando tá afim respeita as diferenças. Mas você tem medo, tanto medo inconsciente de mim. Você pensa que não sei o que pensa, mas pensa que posso lhe entender. Você afasta a possibilidade do diálogo e ainda pensa que posso lhe entender. Minha compreensão é muito curta, limitada pela extensão da ignorância. Podemos conviver pacificamente assim, deficientemente mudos para compreendermos exclusivamente o seu silêncio.