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Poesias-->NÓS E EMBARAÇOS NO QUE SE RESPIRA -- 26/10/2002 - 23:15 (COELHO DE MORAES) |
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NÓS E EMBARAÇOS NO QUE SE RESPIRA
-Coelho de Moraes-
Muita gente
Nudez e serões
Um amplo salão clichê com castiçais
Muita gente junta
Corpos esquecidos e rolando pelo chão
Um amplo tapete onde se misturam vozes e bocas
O embaraço coletivo
Os abraços dos muitos braços
As mãos de muita atenção voltada
Beijos
Calados
se passeia pelo quarto
mas há mais gente sem roupa
Deitados na cama se exploram
Os assuntos sem significado se esgotam
Fluem de um para o outro e não prendem atenção
Alguém segura o braço da amada
Ela resvala para a cama
O saber silencioso pesa e carrega o ambiente
As peles se esquentam e os órgãos crescem
deixando a situação descambar para um sem controle
As mãos se arvoram nas frestas e nas coxas
Entreabertas bocas deixam passar a língua
e essas tocam mamilos e costas e pescoços
Sobe um calor magnífico e os corpos se movem
Há sentidos que eu leio e sigo na finura dos enleios
Não se fala, somente o gozo é voraz
Há gemidos e alternâncias de vozes sutis
Vejo a amada dormitar sobre um ventre
Uma fascinação alerta
Então
Uma boca perdida de mulher dadivosa
Recobre minha glande
o local adormece
para explodir num jorro inclemente
Imobilizo-me desperto
Cena sem exterior e sem leitura imediata
O mal estar perverso do gozo
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