Usina de Letras
Usina de Letras
59 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62379 )

Cartas ( 21335)

Contos (13272)

Cordel (10452)

Cronicas (22545)

Discursos (3240)

Ensaios - (10437)

Erótico (13578)

Frases (50767)

Humor (20066)

Infantil (5480)

Infanto Juvenil (4800)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140860)

Redação (3318)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1962)

Textos Religiosos/Sermões (6228)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Pescaria -- 21/10/2002 - 11:25 (José Francisco Bessa da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


PESCARIA



Francisco Bessa

07-02-2001 20:42







Andava displicente pelo mar da vida

Quando me senti atraído pelo seu olhar

E fui envolvido pelas suas doces palavras

Que se apresentaram como isca mortal





Mas, sem perceber, imprudentemente,

Meus lábios em teu rosto tocaram

No mesmo instante senti o terror se apoderar

De todo o meu ser





É que debaixo daquela isca traiçoeira

Escondia um anzol de aço amarrado por uma linha invisível

Que se prendeu profundamente de tal maneira

Nos ossos de todo o meu ser





Entrei num profundo desespero

Procurando fugir dali

Na esperança de me libertar

Daquela armadilha sutil





Quanto mais me debatia

Ou para longe eu seguia

Sempre pela linha

Ligado a você eu ia





Por todos os meios procurei libertar-me

Romper com essa linha

Ou até quem sabe

Quebrando meus ossos poderia





Meus ossos não se quebraram

A linha firme ficou

Todos os meus esforços por fim

Todos foram em vão





Cansado já sem forças

Sem luta foi me trazendo

Para junto de si sem hesitar

Como certo a luta ganha



Ao pegar-me com as suas mãos

Tirando o anzol afastando os meus lábios de ti

No meio da minha agonia e certeza

De para mim mesmo morrer





Neste derradeiro momento só me resta uma esperança

De implorar num sussurro ao seu ouvido, este patético pedido.

Devolva-me ao mar, por favor, não vale a pena.

Sou apenas um peixe pequeno

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui