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Poesias-->diário de um louco -- 18/10/2002 - 14:53 (Clóvis Luz da Silva) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
olho pelas grades a grama do outro lado

o prédio à frente é imponente, diz muito.

as pessoas me vêem sem nenhuma expectativa

eu as vejo como árvores...

olhos as pedras no chão e vejo diamantes!

do céu a chuva vem forte, mas não me assusta.

o sol brilha como nunca, e isso me alivia a face.

penso que o mundo anda muito revoltado

cheio de desejos que nunca se satisfazem

guerras por pedaços de terra partem os homens

fragmentando-os em lembranças doloridas

hoje não tomei banho, estou fedido

ontem não comi, ainda tenho fome.

não durmo há semanas,

falo muito e desconexadamente penso

minhas palavras ganham o oco espaço

não retumbam nos tímpanos da normalidade

não entendo como as pessoas se prendem

a conceitos, ideologias, crenças que matam

não entendo como nossos líderes nos disputam

como a mercadorias cuja posse lhes dão poder

apesar disso, não tenho números a me dizer quem sou

fulano nº tal, r.g., habilitação e negativa de débito.

sou livre do mundo

sei que o mundo que se livrar de mim,

pois atento contra a incoerência da sanidade

eu, um louco declarado, representaria menos perigo

à raça humana do que George Bush,

em sua perfeita ordem mental,

será?