AMARGO LAMENTO
Vais partir, eu sinto.
Não preciso nem mesmo olhar em teus olhos.
Vais embora, desta vez para sempre.
Não quero olhar para você.;
Não desejo sentir vontade de chorar.
Vais para longe, meu coração sente.
Vais para longe de mim, nunca mais irás voltar.
Acabou, bem sei, pouco importa,
Nosso amor nunca enxergou futuro.
Entretanto o tempo em que se amou.;
Não mais será cortado de nós.
Sufocando o desejo inconseqüente,
Falta-me o ar que tive a teu lado.
Enfim chegou a hora, nós sabíamos
Mas tentamos esquecer,
Para ao menos sorrir nestes últimos dias.
E de repente...é chegada a hora
E de repente nós ficamos tão mudos...tudo é difícil de dizer.
O melhor é não dizer nada, apenas a emoção do olhar.
Não pesa que a verdade foi momento.
Meus sonhos decepados friamente.
E o desconexo desse sonho desorienta,
Exacerbando o dissabor do abandono que resulta na perda da razão.
De mim foi subtraído o sentimento.
Caçôo-me ao te surpreender (ainda) em mim.
Nessa entrega só eu me pertenci, entristeço de haver amado assim.
Incrédulo, vejo-a partir, vejo partir a minha existência.
Em menos de um segundo, tudo se transformou abruptamente.
O prenúncio do temido fim produz calafrios amargurados.
Da pedra fez-se pó e tudo se desencadeou sobre mim:
Planos alterados, coração sem amor,
tudo sucumbido, esquecido, perdido...
E pensar que tudo era belo, florido.
Deprimida, a saudade soluça, sentindo a partida.
Nada é para sempre, nada dura o quanto desejamos.
Vais, pode ir embora
Mas não olhe para trás com um aceno
Senão, eu não suportarei a dor e não deixarei você partir...
Paulo Izael& 61485.;
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