Tantos sonhos na vida
que já sonhei.
Tantas esperanças perdidas
que já chorei.
Tantas ilusões queridas,
que já amei.
São águas passadas, partidas,
que já andei.
Vem, minha juventude ferida,
em São João Del Rey.
Traga-me os lábios de Marília
que já beijei.
Eram paixões esquecidas
que suspirei.
Foram tardes de maravilhas
que perderei.
Houve vozes vilãs, maldosas
que me enganei.
E a ira da rainha louca
que me exilei.
A Saudade entre dois mares,
Eu sofrerei!
Mas meu casamento perjuro,
nunca me perdoei.
Dentre povos africanos,
Eu Viverei.
Longe de meu Brasil e de ti,
Eu morrerei…
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