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Poesias-->Morfema -- 23/07/2002 - 13:41 (Lucas Tenório) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Eu já morri.

Morri antes do dia.

A morte é ruim

e dela não se volta.

A morte atormenta,

maltrata, é morte!

A morte é cinzenta

e ignota, prefere

a volta ante a reta.

Perversa, prefere

a neta ante a avó

e não tem dó

do pobrezinho do avô

de 99 anos.



Morte... Morte.

A morte é silenciosa

e pavorosa.

Corcunda, tem 100 anos.

Não soletra um verso

ou dita prosa, não conta

estórias, embora alguns

pensem que sim.

Não espalha cheiro de jasmim

e sim de fossa.



A morta!

Feminino de morto,

não menos cruel e

desumana,

medonha.



Morto, morta, mortalha!

Mortalha.

Só faltava essa tralha

para revestir de lúgubre

a morte.

Morte escura,

sem luz,

Morte tenebrosa.

No breu,

Morfeu,

Morreu,

Meu Deus.



A morte institucionalizada.

A Sorte.

A morte humanizada.

Eutanásia.

Malásia, Ruanda, Etiópia.

A morte está viva!

Diria Amásia,

e dirá tranquilo

Amáncio que

o apanágio da morte

é a sepultura.



A escura sepultura,

Moldura.

Acendam uma vela

para eu ler meu

último poema:

Morfema.

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