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O excesso de julgamentos,
o beijo que naufragou,
as tentativas do encontro,
o intento que fracassou...
Sejam levados de vez,
encerrando o sofrimento,
que esses versos configurem
a falência do lamento.
Passa por cima e apaga,
pensa que não se passou
tanto drama, chuva fina,
muito tempo se amargou.
Chega um choro de criança
– Olha!...o poço não secou,
têm mãos em busca das suas,
o fogo não se alastrou.
A chuva que reconforta,
o Sol que emite calor,
o tempo que vira escola,
o abraço que consertou.
Recupera o seu sorriso,
vai de encontro ao que restou,
a esperança, o jeito franco
– Vê!... a mágoa se aquietou...
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