A dor que me cega a alma,
atira os meus dias num rio largo e profundo.
Mesmo que mantendo a calma,
sinto ódio do desprezo do mundo.
Mas me sobrou uma semente
para que um dia eu durma em sua sombra.
Dai-me sua mão, tome os meus sonhos,
plante-os, se ainda me sente ...
Mas se tudo terminar aqui
serei jovem sem o direito de amar,
pois uma pequena luz no meio do túnel
me ofusca no percurso que devo caminhar.
Deus, deus... quero me perder nos sonhos.
Criar asas e aprender a cantar, e
em suas mãos os meus últimos desejos ponho,
me coloque no colo e conte uma história de ninar.
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