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Poesias-->A noite é uma criança doente. -- 06/07/2002 - 01:22 (Emilia Talvez) |
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Sabe a noite?
Ela me entristece
quando eu penso demais
É, quando penso o que é,
o que sou,
o que vai,
como será..
Quando indago demais..
Quando sorrio demais..
Quando choro demais
Quando obrigo-me a dizer:
-Oi, Tudo bem!? Amanhã te esquecerei!
Porque eu sempre fujo
ou sempre enfrento
As minha fugas..
famosas fugas..
Eu sempre me escondo..
me guardo..
me poupo..
E sempre continuarei guardada
poupada
escondida
Como um sapato novo..
ou uma roupa nova que a gente guarda,
mas nunca usa..
E ela continua nova..
Morta e viva..
Sem oportunidades
de mudanças..
Eu, uma roupa nova e velha..
Eu, antítese
Aumentando a velocidade
Para diminuir o tempo
esconder o pensamento
Empacotar as vontades
embrulhar os amores
vender sorrisos em noites
onde todos são o supra sumo
do excesso..
Todos vivendo seus ciclos
de sorrisos estampados
amigos desgastantes
pseudo-importantes
amores plastificados
amores amigos plastificados
desgastantes
pseudo-importantes..
Fake Plastic People
E a noite só começou...
A noite é uma criança doente. |
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