Louco, sou louco! Em ânsias de grandiosidade.
Aqui, na vida, no mundo, além,
Louco porque desejei coisas da vida, do sonho, do amor e do mundo
Que nem um louco poderia desejar.
Loucura, insensatez ébria,
Tomada de noite
Num canto com pouca luz
Com poemas nem tristes, nem felizes,
Com poemas.
Se é o que me resta, loucura
Escreverei uma carta de retratação,
Aos pássarinhos,
Vou vomitar, todos poemas que digeri,
Em forma de lágrimas, poemas, palavras, e outras coisinhas à toa
Louco, eu sei, eu sei, louco!
Mas o suficientemente "certo"
pra dizer:
"Assim não dá,
"amor não há,
"em viver só,
"em só sofrer,
"pra, ao morrer dizer
"não faça como eu, seja feliz."
Louco, louco, tolo,
Ansiando alcançar na grandiosidade da vida
Um motivo, um único motivo.
Pra justificar
Maldita loucura. |
