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Poesias-->Perspectivas -- 13/06/2002 - 16:30 (Lucas Tenório) |
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Envolto em olhares tristes
enclausuro-me nas perspectivas
de circunstantes, transeuntes
em traços de solitude e torpor.
Ao transpor os pontos limítrofes
das ansiedades cuidadosamente
veladas,
fujo pelas vastas estradas
que me conduzem às personalidades.
Vago em cidades, presídios,
onde a ilusão encontra pousada.
Manhãs que descerram quimeras
e geometrias que se desfazem em pó.
Vejo os dias em suas extensas eras,
em tardes de deleite e abandono.
Sóis de sutis primaveras
e ventanias de luares etéreos.
Em lances aéreos me atenho
e me pego insone em anseios
daqueles que ainda não vejo,
mas que onipresentes me chamam.
É noite, e por fim eles clamam
e me pedem por apenas um beijo.
A saciedade de seus muitos desejos.
A catarse de seus vários instintos.
E então me pergunto o que sinto
se tão só me apanho amiúde.
Como obter a cumplicidade
de rostos distintos e dispersos.
É assim que lhes proponho
a saudade,
a minha vida em meus versos.
A sensibilidade esquecida
A minha utopia
o meu sonho.
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