Apareceu assim, do nada.
Sem aviso prévio.
Mascarado, sem face,sem corpo.
Só entendi o que senti,
porque consegui ver por baixo da máscara,
de todas as máscaras.
Sinto como se não pudesse sentir.
Como se Zorro, montasse em seu cavalo,
e eu só conseguisse vislumbrá-lo ao longe.
Tão longe, mas tão perto,
Tão perto e tão dentro.
Monta e dá adeus.
Adeus pro que ainda não foi,
Adeus pro que jamais será!!!
Adeus, simplesmente.
Um adeus doído mas necessário.
Um adeus doído como todos os adeus são.
Não quero mais sofrer.
Quero me entregar ao agito das mãos, e agitá-las o mais que puder,
até fazer meu coração entender, que aquilo é um tchau, um até logo, um até nunca mais.
Mas como? Se ao vislumbrar zorro ao longe,
tenho a impressão de abrir mão de algo tão especial?
Não sou nada.
Não sou ninguém.
Estou confusa, muito confusa.
Mas não quero que a poeira tire a minha visão por completo.
Quero vislumbrar zorro em seu cavalo.
Mesmo que de longe. |